Apesar de alguns linguistas mais conservadores considerarem a sua utilização um atentado à Lingua Portuguesa, o seu uso já está mais do que consagrado no cotidiano brasileiro.
No nosso já conhecido amigo ¨Aurélio¨ ela aparece como: ¨Nós, a pessoa ou as pessoas que falam¨ - Exemplo: Ninguém se lembra da gente(de nós).
Mas quando devemos usá-la?
Na linguagem informal, no dia-a-dia, no bate-papo com um amigo. Jamaís em uma conversa ou texto formal.
Bem! Já sabemos que seu uso é permitido na forma coloquial, agora qual é a concordância verbal mais adequada? É ¨a gente quer¨ ou ¨a gente queremos¨?
Vamos analisar um trecho da canção Velha Infância dos Tribalistas:
...E a gente dança,
e a gente canta,
e a gente não se cansa
de ser criança
da gente brincar
na nossa velha infância...
Isso quer dizer que apesar de ter um sentido de plural(eu e uma o mais pessoas) quando usamos a expressão ¨a gente¨ sempre conjugamos na 3ª pessoal do singular e nunca na 1ª pessoa do plural.
Sempre: A gente vai à praia.
Nunca: A gente vamos à praia.
Temos outro exemplo na canção ¨Alegria agora¨ de Daniela Mercury:
...E a gente dança
A gente dança
a nossa dança
E a gente dança
a nossa dança
a gente dança...
Observem que tanto na canção dos Tribalistas como na canção de Daniela Mercury o pronome possessivo usado foi ¨nossa¨ que é relativo ao pronome pessoal ¨nós¨.
Na linguagem formal o correto seria: ¨Nós dançamos a nossa dança¨, porém na linguagem coloquial é permitida esta concordância. Isto ocorre porque a utilização da expressão ¨a gente¨ em substituição a ¨nós¨ já está tão arraigada que este seria o único pronome possessivo que faria sentido. Diz-se ¨a gente dança a nossa dança¨, ¨a gente faz nossa lição de casa¨, ¨a gente comprou nossa casa¨, a gente gastou nossas economias¨...
Só pra reforçar: está expressão deve ser utilizada só no dia-a-dia, na linguagem culta ela não é permitida.
É isso aí!
Um beijo e a gente se encontra na próxima postagem.
Parabens Fatima! seu blog esta muito legal :D
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